
De Rodrigo Guedes de Carvalho sempre tive boa impressão. E tinha a ideia de que até escrevia bem. Por isso, cedi à tentação. Depois de ler "A Casa quieta", prometo que não fico por aqui. Confirma-se: a escrita tem qualidade, a história é boa e o livro tem aquela marca de ironia subtil que o autor demonstra nos comentários de rodapé às peças do "Jornal da Noite".
Rodrigo admira Lobo Antunes, que admira Rodrigo. E as marcas do mestre estão lá: na escrita, mas também na escolha dos temas: a solidão que existe nas relações, o distanciamento em relação a uma figura paternal pouco emotiva e, claro, os traumas e memórias da Guerra Colonial. Por isso, passei a ser fã de Rodrigo Guedes de Carvalho. José Rodrigues dos Santos e Júlio Magalhães é que vão ter de esperar. Ainda não consegui vencer o preconceito...
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