Frente a uma Torre de Belém colorida, enfeitada por uma instalação de Joana Vasconcelos, Mariza cantou "Chuva" com o público a desembrulhar os impermeáveis.
Não se pode dizer que tenha sido das noites mais inspiradas de Mariza. Músicos novos, arranjos diferentes, cordas molhadas e até algumas músicas do novo álbum poderão talvez explicar a ausência daquele conforto descarado que ela mostra nos concertos. Não que cantasse mal - até porque tal parece ser impossível. Apenas faltou a habitual provocação de se deitar nas músicas, como se lhes conhecesse profundamente as entranhas.
Esclareça-se que Mariza encheu o palco e venceu o duelo com a chuva. Brincou com o público, pediu-lhe que cantasse, elogiou as vozes afinadas, agradeceu a resistência aos primeiros pingos. Ao final da noite, a chuva tinha-se ido embora, mas Mariza era ovacionada de pé, por culpa da sedução e de momentos como "Primavera", cantada no limite de quem quer dar uma prenda ao público.
sábado, 10 de maio de 2008
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