domingo, 21 de dezembro de 2008

The notorious Santogold

Ela é decididamente uma das melhores coisas de 2008. Santogold já é quase da família para nós e parece que o sucesso da menina não pára. É uma das participantes na banda sonora de "Notorious", uma filme sobre o falecido rapper Notorious BIG, produzido por P. Diddy. O disco chega a 26 de Janeiro e o filme um mês depois.

"Brooklyn (Go Hard)" é o tema a meias com Jay-Z e como somos uns queridos, até dizemos que podem fazer o download aqui. Vale a pena ouvir.

Um ano em grande que termina em grande: Santogold está em todas as listas dos melhores do ano, incluindo a Rolling Stone, Urb Magazine, New York Magazine, Elle, Amazon e Myspace.

Ai que mauzinhos!

O espírito natalício não chegou aos lados da Warner Music, que ontem mandou retirar todos os vídeos dos seus artistas do Youtube. A editora entende que não recebe uma justa recompensa pelos vídeos disponibilizados. A indústria discográfica está em crise mas será que uns tostões não são melhor do que nada?

Dado o peso da editora e os nomes que representa ou representou, esta é uma baixa de peso. Ou não, porque já se sabe que amanhã ou depois vai surgir uma forma de contornar o problema. Há um ano alguém já tinha demonstrado o seu descontentamento para com os senhores que mandam na Warner.

Mas quem precisa dos vídeos da Warner quando tem D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e a sua mensagem de Natal? Depois digam que a Igreja não se actualiza...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Um rigoroso exclusivo

O Lanterna Roxa já sabe como vai ser a programação de Natal de alguns canais. Aqui vai em exclusivo mundial:

SIC Mulher
“Fashion Adviser” especial. O programa que transforma as mulheres em árvores de Natal vai transformar árvores de Natal em mulheres.
“Querido mudei a casa” na Lapónia. A casa do Pai Natal vai receber melhoramentos, incluindo uma piscina exterior e uma mega caixa do correio forrada com tecidos da “Cadeirinha do Almeida”
Oprah O programa de Natal de 2005, comprado ao quilo num lote onde estão também filmes do tempo em que Anne Heche ainda era lésbica e as mulheres usavam chumaços nos casacos

Biography Channel
As vidas de Isabel Pantoja, Miguel Bosé e Maria Isabel, falados em espanhol, claro. No intervalo, enquanto “nuestros hermanos” comem umas tapas e fazem uma “siesta” é capaz de passar a história da vida dos irmãos Guedes

Canal Hollywood
“Kill Santa” filme realizado por Quentin Tarantino que conta a história de renas sedentas de vingança

“Este país não é para barbas” Javier Bardem à solta no Pólo Norte, disparando à queima-roupa sobre pinguins e esquimós

“Natália” Filme português que conta a história de uma fadista que lamenta a sorte de ter nascido a 25 de Dezembro e de ser gaga

O Natal dos hospitais

Nunca gostei do Natal dos Hospitais. Lembro-me da xaropada que começava depois do almoço e só terminava noite fora. Como só havia dois canais e estava mau tempo para brincar na rua era o pior dia das férias de Natal. Eram cantores decrépitos em play-back, apresentadores mais decrépitos ainda e pelo meio sorteios de televisores para a Santa Casa da Misericórdia de Cabeceiras de Basto e para o Hospital de Moimenta da Beira. Quase tão deprimente como as sms de boas festas com estrelinhas feitas de asteriscos e bonecos de neve com parêntesis.

O trauma é tão grande que nem sei se ainda faz parte da programação. Mas consigo imaginar como serão: na RTP, Eládio Clímaco e Margarida Mercês de Mello apresentam um programa onde o Tony Carreira aparece 30 vezes. Pelo meio, repetições do programa da Catarina Furtado e de “Os Contemporâneos”.

A TVI põe a Júlia Pinheiro e a Cristina Ferreira a berrar aos ouvidos de um grupo de doentes escolhidos a dedo: cheios de ligaduras, estropiados, muito pobrezinhos e tão feios que não há doutor que os ajude.

O Natal dos Hospitais da SIC vai ser nas urgências do Hospital da Anadia. Fechou? Não está lá ninguém? Não faz mal. Eles estão habituados a fazer programas para as paredes.

É por essas e por outras que Natal só nos hospitais do ER, Dr. House e Anatomia de Grey. Podem ser pirosos e lamechas, mas só duram 40 minutos.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Já acabou o stock de Super Bock

O festival Super Bock em Stock terminou e quem teve a sorte de lá estar deve concordar que valeu a pena. Para mim, além da confirmação de que Santogold é ainda melhor ao vivo do que em disco, foi bom descobrir novos sons.

Apesar de muita gente já conhecer Ladyhawke (a prova foi a sala principal do São Jorge cheia), para mim foi uma boa descoberta. O som e a imagem lembram, sem dúvida os anos 80, mas o resultado final tem algo de muito actual. E funciona muito bem ao vivo. "Paris is burning" ou "Back of the van" são boas formas de a ficar a conhecer.

"My Delirium" é o novo single que vai ser lançado na segunda-feira. E que vale a pena ver e ouvir.

Onde é que eu já ouvi isto?

Já dizia o Herman: a vida é como os interruptores. Umas vezes para cima, outras para baixo. Essa grande filósofa que é a Heidi Klum também diz frequentemente que no mundo da moda (e no mundo em geral, acrescentamos nós), "one day you're in and the next you're out".

Chris Martin e os Coldplay devem ter percebido isso mesmo. Ontem estavam nas nuvens com as sete nomeações para os prémios Grammy. No mesmo dia, o guitarrista Joe Satriani deu entrada com um processo acusando a banda de plágio. Diz o senhor que o hit "Viva La Vida" contém um número substancial de partes iguais à do seu instrumental "If I Could Fly" de 2004.

Já em Junho, alguém muito atento tinha reparado nisso. E fez-nos o favor de nos poupar trabalho de fazer montagens.



Pois... Se o juiz for surdo, pode ser que se safem... Ou então, sempre podem partilhar o Grammy, caso o ganhem.