Rentrée não é mais do que um eufemismo para "acabou-se o que era bom" ou "vamos lá trabalhar, que não foi desta que me saiu o euromilhões". Por isso, é com alguma desconfiança que vou descortinando o que nos espera entre o fim destas férias e o início das próximas.
Na televisão, longe vão os tempos em que havia dia marcado para o começo da nova grelha de programação. A rentrée faz-se como tudo neste país: a prestações. E por aquilo que se tem ouvido, vem aí mais do mesmo.
Mais novelas que pretendem "revolucionar a ficção nacional" uma revolução que tarda mais do que o próprio 25 de Abril demorou a chegar; mais uma série a querer competir com os "Morangos com açúcar" (como se uma já não fosse castigo suficiente), mais um concurso do Malato. Floribela agora chama-se Lucy e vai fazer mais um programa infantil (então para que serviu o silicone, o cabelo louro e aquele ar de vamp suburbana?).
E a SIC continua a sua campanha à imagem de um qualquer clube de futebol que já não ganha títulos há anos. Contrata que se farta, mas sem saber o que fazer com as estrelas e esquecendo que tem mais do que uma para jogar na mesma posição.
Portanto, esqueçam lá a rentrée. O Verão acaba, mas a silly season continua.
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